só para iniciados. crises e cricris. neologismos e estrangeirismos. veneninho de canto de boca. xujo, malvado, bronco e de grande coração! escrevam também, email ali embaixo, à esquerda. enjoy!
E aí papito... O novo papa foi eleito, mas eu não estou nem aí, mesmo. Não sou católico e, creio que mesmo que fosse, propositalmente ignoraria esse grande teatro religioso. Aquelas 100 mil pessoas no Vaticano esperando o novo papa ser anunciado como se esperassem o resultado da Copa do Mundo são ridiculamente patéticas. E o João Paulo II, de quem toooooooooodo o mundo ficou puxando o saco e lambendo e alisando e elogiando, pra mim parecia mais um boneco velho, carregado pelo papa-móvel pra lá e pra cá, um boneco que falava várias línguas com sotaque e fazia aqueles gestos com a mão a cada 5 segundos. Falaram tanto dele, de sua saúde e de sua morte que nada mais era necessário pra que eu (e tenho certeza que muitíssimos outros) ficasse com birra do velhinho. Mas não, não foi só: ainda tive que ouvir, ver e ler que João Paulo foi marcante, revolucionário, carismático, comunicador, influente, ortodoxo, viajado, bom, santo etc etc. Mas a única imagem que eu tinha era a de um velhinho corcunda, trêmulo e com cara de nada. E a imagem de João Paulo II que tenho é, definitivamente, a de um boneco velho, de cabelos brancos e rugas, que balançava a mãozinha da janela e de quem todos falavam tanto, descreviam e adoravam tanto. É como se as duas imagens, a do papa pop que viaja o mundo e a do boneco que acena, estivessem eternamente separadas, desconectadas. E o Jornal Nacional, Bonner, Fátima e Ilze Scamparini são os insuportáveis da atualidade, que torciam por um papa brasileiro como quem torce pra ganhar medalha de ouro ou Fórmula 1. Patéticos insuportáveis. Eu quero que todos explodam!