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3.11.04

Anti-incontestável

Por que não me permitem ser exatamente como sou? Por que temos que achar que viemos ao mundo com o propósito de melhorar, sempre, como se tivéssemos chegado num estado deplorável e primitivo, como se a razão de toda vida fosse morrer numa condição humana considerada melhor que aquela que tínhamos quando nascemos?
Por que não deixar rolar e somente SER, como todos os nordestinos que comem cactos e vivem num sertão onde não há água, luz, telefone, gás, e ainda menos espaço pra se consertar a própria mente?
Às vezes canso de ser ajudado, de amigos dando conselhos (muitas vezes pedidos por mim mesmo) e tentando me auxiliar na busca de um suposto equilíbrio, de melhoria, de mais paz, mais felicidade. Por que não conseguir ser feliz apenas com o que se tem, com aquilo que está fora dos livros, dos estudos, das meditações, da medicina: nós mesmos, nossa cabeça, nossas emoções básicas, brutas, imutáveis... ?
É claro que é difícil. Pra mim tudo parece difícil: continuar sendo como sou ou tentar mudar? Os dois caminhos são complicados, cansam antes mesmo de serem tomados. Nasci cansado? Nasci errado, torto? Ou nasci certo e, aos poucos, pensando que busco o equilíbrio, somente estou me tornando um desequilibrado involuntário, inconsciente?... Dizem que achar a si mesmo louco é desculpa fácil pra justificar erros... Será mesmo?
Ha ha ha. Isso é até engraçado. Tudo, no fundo, é e pode ser engraçado. Muitos não se permitem ver graça na morte, nos problemas, no desequilíbrio, nos defeitos, na doença; eu sim. E talvez por isso não seja entendido. No fundo eu vejo graça nos meus problemas, no meu desequilíbrio, na minha vontade de me intitular louco, mas tudo não passa de humor negro, de um pesado espírito de porco. Rio chorando, choro rindo, e sou louco exatamente por tudo isso. Ou não.
Tudo é contestável.


sick boy 21:32 -

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