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Eu nunca li muita poesia. Mas às vezes dou sorte e pego algo de que acabo gostando, de imediato ou não (isto é, depois de ter lido vááárias vezes, quando me dou ao trabalho).
Sempre acho as poesias bonitas, mas nem sempre entendo as poesias (sinto, mas nem sempre
compreendo ou racionalizo).
A que eu li hoje no "Mais!", da Folha de S. Paulo, uniu as duas coisas: gostei bastante e acho que entendi. Só acho.
Um pedaço:
Por onde vens, Passado,
pelo vivido ou pelo sonhado?
Que parte de ti me pertence,
a que se lembra ou a que esquece?
Lá em baixo, na rua, passa para sempre
gente indefinidamente presente,
entrando na minha vida
por uma porta de saída
que dá já para a memória.
Também eu (isto) não tenho história
senão a de uma ausência
entre indiferença e indiferença.
(Neste Preciso Tempo, Neste Preciso Lugar, de Manuel António Pina)