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12.1.05

O poema abaixo fez parte da prova de Português da Fuvest, que fiz nesse fim-de-semana. Fiz questão de copiar num pedaço de papel que tinha no bolso, já que "- mantenham apenas lápis, caneta, borracha e RG sobre a carteira!". Gostei muito. Diz muitas verdades, na minha visão masculina.

Às seis da tarde

Às seis da tarde
as mulheres choravam
no banheiro.
Não choravam por isso
ou por aquilo
choravam porque o pranto subia
garganta acima
mesmo se os filhos cresciam
com boa saúde
se havia comida no fogo
e se o marido lhes dava
do bom e do melhor
choravam porque no céu
além do basculante
o dia se punha
porque uma ânsia
uma dor
uma gastura
era só o que sobrava
dos seus sonhos.

Agora
às seis da tarde
as mulheres regressam do trabalho
o dia se põe
os filhos crescem
o fogo espera
e elas não podem
não querem
chorar na condução.

(Marina Colasanti - "Gargantas abertas")


sick boy 03:38 -

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