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2.4.05

(texto adequado para um dia de semana)
A minha tarde de hoje

É como se fosse uma bolha cheia de ar quente atingindo todos os nossos cantos, os mais escondidos, aqueles que a gente esquece de lavar.
Já o sol faz o papel da resistência do forno, a resistência grudada no teto da bolha, a resistência incandescente. Vermelha, laranja cor de brasa, quente como o mármore do inferno, queimando nossas nucas e abas de orelhas e costas de braços, sem alcançar os recônditos escondidos, aqueles que o ar quente esquenta e faz suar.
As calçadas esburacadas e mistas propiciam tropeços e acúmulos de sujeiras mil, são também calçadas quentes por onde passam inúmeros seres humanos quentes e cheios de partes do corpo escondidas e suadas, cheios de cantos que mais tarde serão esquecidos de lavar.Lojas cheias, cheias de coisas nos cantos, coisas e cantos e partes que deixarão de ser lavadas e só fazem acumular mais sujeira. Casas e cômodos escondidos nos miolos dos quarteirões, edículas em fundos de casas velhas, puxadinhos e barracos e quartos de empregada e casas de cachorros. As bolhas de ar quente como o de hoje são cheias disso, daquilo, de tudo isso acima. Cidades velhas e inchadas, abafadas e entulhadas de coisas e de gente fora do lugar.


sick boy 20:21 -

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